sábado, 26 de janeiro de 2013

Evitar desperdicio


Meio Ambiente

Portal alemão promove troca de alimentos para evitar desperdício 

 Cada alemão joga fora, em média, 80 quilos de alimentos por ano. Uma plataforma recém-lançada na internet tenta mudar essa realidade, incentivando a partilha de mercadorias que, de outra forma, terminariam no lixo.
O homem é uma máquina de jogar coisas fora. A maioria das pessoas cozinha em grandes quantidades, acumula alimentos para o futuro incerto, compra demais e não reaproveita sobras. Cada alemão joga fora cerca de 80 quilos de alimento por ano. A nova plataforma online foodsharing.de tem como objetivo levar as pessoas a repensar o problema. A nova tendência é compartilhar alimentos com estranhos.
A economia da partilha está em ascensão, seja em se tratando de carros, bicicletas, imagens e até mesmo escritórios. Pensando que essa tendência pode também ser estendida para os alimentos, os criadores do foodsharing.de lançaram a plataforma há pouco mais de um mês. Um dos fundadores da ideia é o renomado documentarista Valentin Thurn.
Seu filme Taste the Waste, de 2011, aborda os problemas de uma sociedade acostumada a viver em abundância e que não consegue mais reconhecer o valor de uma maçã, por exemplo. "Quando o filme foi lançado nos cinemas, muitas pequenas padarias nos ligaram para nos perguntar o que poderiam fazer com os muitos pãezinhos que não são vendidos", lembra Thurn. Assim nasceu a foodsharing.de.
Thurn, fundador do projeto, planeja desenvolver aplicativo para celular
Todos, sejam indivíduos ou empresas, podem simplesmente se registrar online e criar uma cesta de alimentos, descrevendo os itens que não pode mais usar e que gostaria de oferecer a outros de graça. Com ajuda de um mapa interativo, é possível saber que alimentos há para serem recolhidos e em que cidade. Em seguida, é só trocar e-mails e combinar um ponto de encontro para que a troca se complete.
Quem não deseja convidar estranhos para sua casa ou estabelecimento, pode deixar a mercadoria em um dos chamados foodsharing-hotspots. Soa moderno, mas trata-se apenas de armários comuns no meio da cidade, em que as pessoas podem pegar e depositar alimentos.
"Se tenho que atravessar a cidade só para pegar um quilo de batatas, o sentido ecológico da coisa se perde", destaca Thurn. "Por isso, queremos ter dez vezes mais membros do que agora, para que a coisa possa, talvez, funcionar entre vizinhos." A meta parece ser possível. Afinal, após quatro semanas de vida, a plataforma já contava com mais de 5 mil membros.

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