Comemorado em 5 de junho, o Dia Internacional do Meio Ambiente é uma boa data
para nos perguntarmos: nosso padrão e nível de consumo são
sustentáveis?
No Brasil, ao lado de uma parcela significativa de
consumidores com um padrão de consumo dispendioso, comparável aos dos países
ricos, temos uma maioria que, para sobreviver, consome pouco, mas que também
persegue hábitos de consumo insustentáveis. Dessa forma, as políticas de consumo
sustentável no Brasil devem estar relacionadas, em primeiro lugar, com a
eliminação da pobreza, ou seja, elevar o piso mínimo de consumo daqueles que
vivem abaixo de um padrão de consumo que garanta uma vida digna. Ao mesmo tempo,
devemos mudar os padrões e níveis de consumo, evitando a concentração de renda,
e promover um novo estilo de vida mais sustentável.
Ainda há uma
dificuldade em relacionar os problemas ambientais aos nossos hábitos de consumo
cotidianos. Todos nós brasileiros somos preocupados com a preservação da
floresta amazônica, mas não pensamos nela na hora de comprar móveis ou madeira
para construção. Por outro lado, muitos consumidores são conscientes de alguns
impactos ambientais de seus hábitos de consumo, mas geralmente não tem
informação sobre o que fazer. Por exemplo, fazem a separação do lixo, mas poucos
municípios oferecem a coleta seletiva.
O Idec gostaria de colocar em
debate a gestão de resíduos sólidos, ou seja, o que faremos com o volume
crescente de lixo que geramos todos os dias. Entendemos que o princípio para
esse debate é a co-responsabilidade, ou seja, a responsabilidade sobre a gestão
dos resíduos sólidos deve ser compartilhada pelo poder público, pelas empresas e
pelos consumidores.
O Brasil ainda não possui uma política nacional de
resíduos sólidos, assunto discutido há décadas pelo legislativo e pela sociedade
civil. Na visão do Idec e da Adocon, seguindo o princípio da
co-responsabilidade, a Política Nacional de Resíduos Sólidos deve prever a
Responsabilidade Estendida do Produtor.
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